terça-feira, 30 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - Dia 5

Neste dia ia fazer a minha despedida do alto Douro vinhateiro. Já chegava de agruras. Considero esta a parte mais difícil do Caminho do Interior, mas também uma das mais bonitas. Nesta manhã, a seguir a Assento passei por meio de vinhas, em parapeitos que mal dão para uma pessoa. Quem vier de bicicleta terá de usar uma alternativa, para bem da sua segurança.


O pequeno-almoço foi tomado em Relvas, no café local. Aqui o dono parece estar já habituado aos peregrinos, pois ofereceu-me o carimbo da casa antes de eu o pedir.
Cheguei a Vila Real por volta das 11H e decidi esperar até à hora de almoço, o qual fiz no self-service de uma superfície comercial.

Sé de Vila Real
A meio da tarde cruzaria o rio Corgo e depois de uma subida chegaria à antiga linha de comboio do Corgo, agora uma memória apenas pois encontra-se desactivada.

Antiga estação e linha do Corgo
Daqui até Parada de Aguiar, local onde estava o albergue para este dia, foi sempre por esta pista de nível, primeiro em terra batida, depois em asfalto. E foram kms sem fim até chegar ao destino. 


Cheguei a Parada de Aguiar perto das 19H. À entrada da aldeia um habitante que andava a pastar o seu gado quis saber se era peregrino e de onde vinha. Simpaticamente deu-me indicações para chegar ao albergue. Já dentro da aldeia outros populares iam-me dando indicações amavelmente, mesmo sem eu pedir. 
Este é um albergue de natureza da CM de Vila Pouca de Aguiar e resultou da reconversão de uma antiga escola primária. Telefonei na véspera a avisar que ia chegar.

Albergue de Parada de Aguiar
Fiz o telefonema para o contacto afixado à entrada e poucos minutos depois veio a alberguista abrir a porta e mostrar-me as instalações. E que instalações!!! Fiquei deveras agradado com o que vi. Cozinha nova e totalmente equipada com frigorífico, sala de estar com sofás e lareira, casas de banho novas e asseadas. Senti-me como se estivesse num pequeno hotel.
Foi o melhor prémio que podia receber para um dia como este. Estava completamente nas lonas, julgo ter feito 40 e poucos kms neste dia. Foi um dos dias mais duros do Caminho. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - Dia 4

Com a minha partida de Lamego começava a entrar no alto Douro vinhateiro, património da Humanidade reconhecido pela UNESCO. Foram várias as quintas vinícolas por onde passei numa susseção de constantes subidas e descidas acentuadas.


Por volta das 11H chegava ao rio Douro. Atravessei o rio pela ponte da N2 e depois entrei no Peso da Régua. Aqui tinha duas opções: continuava até chegar a Santa Marta de Penaguião e almoçava lá ou esperava até às 12H e almoçava aqui no Peso da Régua. Foi esta última opção que escolhi.

Peso da Régua e rio Douro
Como ainda não conhecia esta cidade, aproveitei para explorar um pouco e fui ver os barcos de cruzeiro que aqui aportam, vindos desde o Porto.

Cruzeiro no Douro
Depois fui almoçar a uma churrasqueira situada na estrada marginal ribeirinha.
Da parte da tarde continuei a andar nos socalcos onde se cultiva a vinha que dará origem ao vinho do Porto.


Em Santa Marta de Penaguião aproveitei para descansar um pouco num café. O ar estava quente e sufocante. Nestas ocasiões era uma garrafa de 1,5L fresca que consumia.
Aqui existe um marco simbólico que assinala os kms que faltam para Santiago: 292 km.

Marco em Santa Marta de Penaguião
Durante o resto do dia iria andar por single-tracks difíceis e estreitos, por vezes com uma ribanceira de um dos lados. Todo o cuidado era pouco.


Já a tarde ia longa e depois de muito sobe e desce desgastante e exigente, eis que chego ao ponto de término deste dia, a aldeia de Bertelo. O albergue está assinalado com 2 placas de madeira e situa-se na antiga escola primária local, a cerca de 300m da aldeia. O albergue está num monte sobranceiro às vinhas e a vista desde aqui é espectacular.

Albergue de Bertelo
Neste dia aproveitei para lavar roupa e à falta de estendal usei o muro do exterior.







domingo, 28 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - Dia 3

De manhã tive de atravessar os rios Paiva e Paivô. A seguir a Vila Franca o Paiva atravessa-se por uma série de poldras que nesta altura do ano se faz sem dificuldade.

Rio Paiva
Ao chegar à N2 fui tomar o pequeno almoço a um café onde fiquei algum tempo à conversa com a proprietária, que também já tinha ido a Santiago mas de carro. Infelizmente não tinha carimbo.
A meio da manhã passaria por Moura Morta, aldeia já minha conhecida de quando fiz um PR de Castro Daire que passa por aqui.

Moura Morta
O calor que se fazia sentir era intenso, mas para atenuar os seus efeitos ia refrescando-me nas muitas fontes de água límpida das aldeias por onde passava.


A sinalização continuava boa com as tradicionais setas amarelas e outras placas metálicas e de madeira de maiores dimensões. Poucas vezes tinha de recorrer aos serviços do GPS e quando o fazia era mais por descarga de consciência do que por necessidade absoluta de o fazer.
Os sinais de fé estavam bem presentes no Caminho.


O almoço foi feito em Magueijinha, depois de um desvio do Caminho de 0,5km. Carimbo aposto na credencial e subi de novo para o Caminho do Interior. Estava a aproximar-me da zona de Lamego.


Penude era o local onde tencionava pernoitar, pois no site do Caminho vem indicação da existência de um albergue na Junta de Freguesia. Quando cheguei ao local, liguei para o contacto que trazia e ninguém atendeu, talvez por ser fim-de-semana e o nº ser o da Junta. Tinha de me desenrarcar e decidi continuar até a um café próximo, onde a dona me informou que agora o alojamento de peregrinos já não era ali, mas na Casa de São José, em Lamego, 5km mais à frente. E foi o que fiz.
Em Lamego desci a escadaria do santuário de Nossa. Sª dos Remédios e quando cheguei ao fundo perdi a sinalização. Comecei a pedir indicações para chegar à Casa de São José e só à 4ª ou 5ª tentativa é que tive sorte quando perguntei a um senhor de idade no jardim da cidade.

Casa de São José
Encontrada a referida casa e procedido aos formalismos da minha acomodação e depois de tomar o duche da praxe, desci à parte baixa e mais turística da cidade para fazer as compras para o jantar. Comprei também um livro. Não estava a gostar de chegar aos albergues e depois não ter nada que fazer o resto do dia, além de descansar. Com a chegada ao albergue encontrei de novo a sinalização que vinha de uma outra rua. Tudo acabou em bem neste dia!




sábado, 27 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - dia 2

Neste dia ia entrar no concelho de Castro Daire. Comecei o dia às 8H e andava quase sempre por caminhos florestais e agrícolas de terra batida e com muita sombra, o que era excelente pois o tempo continuava quente.


Um ponto de interesse deste troço foi passar pela aldeia de Cabrum, situada num vale na margem da ribeira de Cabrum. A descida para lá é muito acentuada e em gravilha escorregadia. Em tempos foi uma aldeia abandonada, agora foi repovoada por hippies estrangeiros. No entanto não gostei de ver a aldeia desfigurada pelas muitas tendas de plástico de cores aberrantes.


O almoço deste dia foi em Mões no restaurante "A Sineta" . Estômago satisfeito e carimbo da casa aposto na credencial e segui novamente as setas, que vão de par em par com as setas azuis do Caminho de Fátima. É simples: Santiago para um lado, Fátima para outro.


A jornada ia ser curta e ao início da tarde chego a Ribolhos, onde está situado um albergue, novamente uma escola primária recuperada. À semelhança do dia anterior fiz um telefonema e minutos depois estava a ser recebido com um "Bem vindo a Ribolhos" por uma simpática senhora, que me mostrou o albergue e me deu indicações de como ir ao café e padaria da aldeia.

Ribolhos
Castro Daire ficava a 5km, pelo que me decidi ficar pela aldeia, novamente sozinho no albergue.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - Dia 1

Apesar da sinalização começar 17kms antes de Viseu, em Farminhão, decidi começar em Viseu, onde cheguei de autocarro expresso por volta das 11H da manhã. Consultado o GPS, atravessei a cidade para ir ao encontro do track. Passei pela Sé e Igreja da Misericórdia, onde viria a encontrar as primeiras setas amarelas. Com a excitação de querer fazer kms nem me lembrei de pedir carimbos. Passei pelo posto de turismo e depois desci para o parque do Fontelo. 

Sé de Viseu
Nas imediações de Viseu andei por estrada asfaltada e o track nem sempre coincidia com as marcações. Mas depois mudou radicalmente e andei por caminhos de terra na natureza e bosques de pinheiros e outras árvores.


Havia de passar uma estrada Romana e estava agradado por haver muita sombra ao longo do Caminho, pois estava um dia de sol.


A meio da tarde chegava ao albergue de Almargem, para cujo contacto tinha ligado na véspera a avisar que ia chegar no dia seguinte. Telefonema feito e passados minutos estava a entrar no albergue (antiga escola primária recuperada). Fui o unico hóspede neste dia. O peregrino anterior, um americano, já tinha passado 2 semanas antes.

Albergue de Almargem



Caminho Português Interior de Santiago

Depois de em 2010 me ter estreado nos caminhos de Santiago, fazendo o Caminho Central Português a pé desde o Porto, 5 anos depois resolvi voltar às peregrinações a Santiago. Desta vez para fazer o Caminho do Interior, cujo traçado passa por Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Chaves e depois entra na Galiza para ir ligar à Via da Prata.
O caminho foi sinalizado em anos recentes (2012) e resultou de um trabalho conjunto das autarquias por onde passa o seu traçado. O seu site é www.cpisantiago.pt
Requisitei online a credencial do peregrino à Associação Espaços Jacobeus , a qual recebi rapidamente pelo correio passados 2 dias.
O track GPS que levava comigo (para o caso de dificuldades com a marcação) era este:


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Epílogo

O dia seguinte foi dedicado a regressar ao ponto de partida, a aldeia de Foios. Apanhei 4 autocarros. Primeiro foi o expresso para a Guarda, com mudança de autocarro em Celorico da Beira. Depois foram os autocarros da Viúva Monteiro para o Sabugal e finalmente para os Foios, onde cheguei perto das 18H.
Em relação à Grande Rota devo dizer o seguinte:
- A sinalização está bastante bem implementada, sendo as placas metálicas direccionais uma mais valia a acrescentar à tradicional sinalética
- As condições dos trilhos estavam de um modo geral boas excepto a seguir à ponte da N221 em que a vegetação cresceu e engoliu por completo os caminhos existentes.
- Em relação ao abastecimento de água, os cafés de aldeia só têm garrafinhas de 33cl. A água das fontes apesar de ter bom aspecto, nem sempre sabe bem. A água do Côa tem mau aspecto e sabe mal. Deduzo que não seja de todo saudável. Se fosse hoje teria levado um filtro de água ou pelo menos pastilhas de purificação de água. Durante os meses de sol e calor há que ingerir vários litros de água por dia.
- O website da rota está bastante completo e fornece muita informação útil como sejam as opções de alojamento e restauração e atrações turísticas. Também é possível visualizar os mapas da rota online e fazer a descarga dos ficheiros para GPS dos percursos pedestre e de BTT/equestre. A app da Grande Rota do Vale do Côa para smartphone ou tablet está funcional e permite fazer o download dos mapas das etapas para posterior consulta. No entanto é preciso estar online.

Saudações caminheiras. Até uma próxima rota!

Grande Rota do Côa

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 7

Faltavam cerca de 30km para a foz do rio Côa. Era portanto o último dia desta travessia que já ia para o 7º dia. O pequeno-almoço foi tomado em Algodres. A seguir à N332 a sinalização era escassa e a que existia já apresenta sinais de desgaste. Segundo me apercebi depois faz parte de uma Grande Rota do Côa mais antiga e de menor dimensão que vai desde Castelo Melhor até à Faia Brava.
Antes de chegar a Almendra avistei uma raposa.


Em Almendra fui novamente abastecer a um café. A povoação seguinte era Castelo Melhor e nas suas proximidades já se fazia sentir que estávamos perto do Douro, com as suas quintas vinícolas.

Castelo Melhor
Em Castelo Melhor procurei por restaurante, mas o que havia estava fechado nesse dia. Fui então comer à loja/café que está à entrada do centro de visita às gravuras rupestres. O seu castelo vale uma visita caso tivesse mais tempo. Ficou para outra altura.
Depois segui sempre por caminhos de terra batida até passar pela última povoação do percurso: Orgal. Nesta altura já se avistava o meu destino ao longe: Vila Nova de Foz Côa.

Vila Nova de Foz Côa
E pouco depois comecei a avistar o rio Douro. A rota seguia agora por entre as vinhas encosta abaixo até atingir a N222.

Rio Douro
Nesta altura cruzei-me com outros caminhantes em sentido contrário que iam até Castelo Melhor. Quando lhes disse que tinha começado na nascente do rio não esconderam um sorriso e admiração.
Depois passei a ponte sobre o Côa e virei à direita para subir a encosta em zigue-zague, por vezes com orientação difícil, mas acabando sempre por seguir pelas marcas branca e vermelha.

Rios Côa e Douro
Chegado à rua do Museu virei à direita e fui até ao Museu de Foz Côa onde termina a Grande Rota. Subi ao terraço do Museu onde se tem uma vista espectacular sobre o Douro e suas encostas.



quinta-feira, 11 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 6

O dia começou cedo com a ida ao café do dia anterior para a primeira refeição do dia. Depois retornei à Grande Rota pelo desvio que tinha tomado no dia anterior.

Quinta Nova
Segui primeiro por caminhos agrícolas e depois por caminhos a meia encosta com vista para o rio e suas escarpas.

Rio Côa
Quando cheguei à ponte da N221 tinha a opção de seguir a sinalização pedestre ou o desvio de BTT. Segui o caminho pedestre por baixo da ponte e junto à sua margem esquerda. Estes trilhos são habitualmente usados pelos pescadores da zona. No entanto, se já foram trilhos no passado, hoje já não o são. A vegetação entretanto cresceu e a progressão começou a tornar-se difícil. Não via onde metia os pés e tinha de afastar silvas e erva que me dava pelo peito. Sem dúvida que este troço da rota precisa de uma manutenção no futuro.


O cúmulo aconteceu quando cheguei a uma plantação de cereais e não encontrei as placas de sinalização em lado nenhum. Parecia que estava a fazer uma prova de orientação. Decidi que não valia a pena por a minha integridade em risco e decidi voltar atrás e seguir o percurso de BTT que por sorte trazia carregado no GPS. Quanto a sinalização de BTT apenas há uma placa junto à ponte, depois só mesmo com ajuda de mapa ou GPS. Este percurso passa longe do rio.
Em Milheiro fui abastecer de água à fonte local e em Quintã de Pêro Martins fui ao café local. Quanto a água o costume, só havia das pequenas.
A seguir a Quintã de Pêro Martins o percurso segue pela M607 e é comum com a Grande Rota das Aldeias Históricas até se chegar à Reserva da Faia Brava.

Reserva da Faia Brava
Vibrei muito com a passagem por esta área. Trilhos técnicos de montanha ao meu gosto e paisagens de nível sobre as escarpas do Côa.

Cidadelhe ao cimo
 





quarta-feira, 10 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 5

Tomei a decisão de percorrer a variante Este desde a véspera por passar na aldeia (vila) histórica de Almeida. À saída da vila passei nas suas termas onde fui abastecer de água na sua fonte. A rota passava por sítios inóspitos onde o único sinal da presença humana eram as estradas de terra por onde caminhava. Não via vivalma nem casas de pedra por sítio nenhum.
Em Cinco Vilas procurei a uma habitante se havia café na aldeia. Havia e foi lá que tomei o pequeno almoço. Garrafas de água é que só havia das pequenas. Aliás, é o costume nos cafés de aldeia por onde tenho passado. À semelhança dos dias anteriores, este iria ser de muito sol e calor. Fiquei algum tempo à conversa com a dona e dois clientes que eram emigrantes.
Depois de Cinco Vilas veio uma descida sempre em asfalto até ao rio, onde fui tomar banho e aproveitei para lavar alguma roupa numa pedra da sua margem. Depois à sombra das árvores ribeirinhas fiz o habitual descanso de 2 horas usando a esteira e a mochila a fazer de almofada.


Durante a tarde passei por paisagens lindíssimas. Vislumbrei a ponte em ruinas de Cinco Vilas, para a qual existe um desvio.

Ponte de Cinco Vilas
Pouco depois atravessei um pontão sem guardas. Foi um teste ao meu equilíbrio e segurança pois sobre o pontão passavam 5cm de água veloz. É para estas ocasiões que dá jeito ter calçado impermeável, que era o caso.

Pontão para atravessar o rio
A meio da tarde fiz um desvio de rota até Quinta Nova onde iria passar a noite na associação cultural local. Fui abastecer ao café/mercearia local. Tomar um duche, dormir em solo duro e pôr a alimentação em dia puseram-me quase como novo para enfrentar os 2 dias de caminhada que faltavam e que haviam de me levar até V.N. de Foz Côa e ao rio Douro.


terça-feira, 9 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 4

O dia começou com um episódio engraçado. Na zona de Jardo, num caminho agrícola que seguia, iam à minha frente uma manada de vacas guiadas pela sua dona. Quando chegaram à pastagem de destino, 3 das vacas seguiram em frente e desconfiadas pela minha presença não quiseram responder ao chamamento da dona, obrigando-a a ir por dentro da pastagem e apanhá-las mais adiante, enquanto eu ficava à espera. Quando as vacas passaram por mim foi vê-las a fugir a alta velocidade (para uma vaca) enquanto a dona lhes rogava pragas. Tudo acabou em bem felizmente.


Mais adiante passei por baixo da linha de caminho de ferro que vem da Guarda e vai para Vilar Formoso e depois para Espanha, ainda em funcionamento mas creio que só para carga.
Na aproximação a Castelo Mendo há cruzamento com a GR-22 Grande Rota das Aldeias Históricas, também esta com sinalização recente.
Pouco depois de passar sob a A25, quando chegamos à ponte de S. Roque, a rota segue pelo interior do Camping do Côa, nesta altura já com bastantes utentes e as suas tendas à beira rio. Há aqui um café mas que na altura se encontrava fechado. O calor era tal que me deixei ficar a descansar algum tempo num sofá que havia no camping.
Depois a rota segue pela margem esquerda, de onde se tem vista para Castelo Bom lá no alto do monte.

Castelo Bom
O percurso continua ora por estradas amplas ora por trilhos difíceis por entre blocos enormes de pedras na margem do rio. Para fugir ao pico de calor estendi a esteira e deixei-me ficar umas 2 horas à sombra.


Antes de chegar à N340 a GR atravessa o rio por um estreito pontão já sem guardas em grande parte da sua extensão.


Perto das 17H chegava a Almeida, não sem antes ter penado numa subida difícil e longa em que não havia sombras e me vi na necessidade de descansar na esteira cerca de 1 hora para combater o forte calor.
Já na vila fortificada fui primeiro a um café com esplanada satisfazer o estômago com alguma comida e muitos líquidos. Com o calor que estava não era para menos. Depois, já mais recomposto entrei dentro da zona amuralhada em forma de estrela e fui a uma mercearia abastecer.

Em Almeida


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 3

O percurso continuava junto ao rio por curvas apertadas através de bosques fechados e com zonas de muita sombra. Era coincidente com o PR1 do Sabugal: meandros do Côa. Na zona de Rapoula do Côa deixei a sinalização pedestre e fiz o percurso de BTT que passa pela aldeia, ao contrário do pedestre que segue na margem do rio.


Foi nesta aldeia que tomei o pequeno almoço num café. Ainda pude assistir aos preparativos para uma procissão que consistiam em espalhar pétalas de flor pelo chão.
Foram várias as travessias do rio que fiz neste dia, mas sempre em segurança pois não havia o perigo de alagamento.


Ao início da tarde passei na ponte medieval de Sequeiros, que em tempos idos já permitiu a passagem de veículos. Ainda está de pé uma torre onde se procedia ao pagamento.

Ponte de Sequeiros
A seguir a Porto de Ovelha a rota segue por trilhos usados pelo gado na margem esquerda. São visíveis as suas pegadas. Apesar de ser a zona que é está muito bem sinalizado. Tenho de abrir e fechar algumas cancelas e passo por várias propriedades agrícolas onde se avistam algumas noras já sem uso que eram usadas para trazer água do rio para as plantações.


Aqui são visíveis socalcos para cultivo em ambas as margens do rio.




domingo, 7 de junho de 2015

Grande Rota do Côa - Dia 2

O primeiro ponto de interesse do dia surgiu com a passagem pela capela do Espírito Santo em Quadrazais.

Capela do Espirito Santo
Depois o percurso seguiu para o interior da Reserva Natural da Serra da Malcata, passando por bosques frondosos e subiu dos 830m aos 1077m do alto da Machoca, de onde se tem uma vista previlegiada sobre a zona do Sabugal e serra da Estrela.

Alto da Machoca
Depois segui-se uma descida até à aldeia que dá o nome à serra: Malcata (ou será que foi a serra que deu o nome à aldeia?)
Malcata
O percurso segue depois pela margem esquerda da barragem do Sabugal, por caminhos comuns aos percursos do Centro de BTT do Sabugal. Nesta margem existe um percurso interpretativo com cerca de 25 pontos de interesse e sinalética própria.

Barragem do Sabugal
A aproximação ao Sabugal foi feita pela margem direita bem junto ao rio e com alguma dificuldade pois já há erva e silvas em crescimento a querer invadir o trilho. Vencida esta dificuldade passa-se na praia fluvial do Sabugal, já com banhistas devido ao calor que se fazia sentir. A passagem pelo castelo é obrigatória e entramos no interior da vila onde há outros motivos de interesse, como a torre sineira.

Castelo do Sabugal
Foi nesta vila que almocei e descancei um pouco para não apanhar as horas de pico de calor.
De novo nos trilhos, o percurso segue por zonas de muita sombra e vegetação luxuriante. Os pescadores são frequentes nesta área e os trilhos estão bem definidos derivado à sua passagem. Também passo por vários açudes que dão outra beleza e som ao local.


Perto de Quinta das Vinhas segui a sinalização de BTT por não encontar a pedestre. Em alternativa havia apenas um desvio para Rendo.