sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Grande Rota do Zêzere - 2ª parte - Dia 5

Não foi fácil passar a noite com temperaturas a rondar os 0ºC . Quando acordei e saí para fora, a tenda e os campos estavam brancos, não de neve mas sim de geada que se formou durante a noite. Com a tenda arrumada e pronto para nova etapa, não parti sem antes ir ao café vizinho do parque tomar o pequeno-almoço. O choque térmico (frio no exterior, quente no interior) fez-me sentir mal e cheguei mesmo a desmaiar (tive sorte pois estava sentado). Deixei-me ficar algum tempo a restabelecer-me e aproveitar o quente. Aqui há também um restaurante, uma opção para quem passar nas horas de refeição. 

Covilhã

Fiz bem em ter trazido luvas, davam muito jeito nestas manhãs frias. Andei vários kms com a Covilhã à vista. Era bem visível o novo data-center da PT. A GRZ seguia agora paralela à A23. Foi nesta zona que passei por 2 pessoas que andavam a fazer uma caminhada matinal na GRZ, as primeiras que encontrava desde Constância.


Fiz mais uma travessia de ponte sobre o Zêzere. À entrada da freguesia da Boidobra existe uma estação intermodal à beira da estrada.



Passo também por uma linha de caminho-de-ferro abandonada. Acho que seria a que ligava a Covilhã à Guarda. A rota continua a desenrolar-se por caminhos rurais de apoio às propriedades agrícolas. Numa destas propriedades privadas existe uma cancela que devemos fechar após passagem. Foi aqui que fiz um rasgão na perna esquerda das calças. Pena não ter trazido um kit de costura. Não era grave e dava para continuar, era o que interessava. 
Também nesta zona se passavam por vários pomares de árvores de fruta, uma constante até se entrar no distrito da Guarda.


Chegar a Orjais a tempo de almoçar era o meu objectivo. À aproximação a esta aldeia passei pelo meio de uma grande seara. Quando cheguei a uma estrada que ia dar a Orjais e como já eram 13:30, optei por fazer um desvio e seguir por este atalho e depois regressar aqui para continuar a GRZ. Chegado a Orjais passei ainda pelo ATM e depois por indicação de um popular dirigi-me ao restaurante Estrela do Zêzere onde almocei. Em boa hora o fiz: funcionária simpática, tive direito a aquecedor e tudo! Por cima existe uma residencial, sem dúvida uma opção de alojamento a considerar. Fiquei fã de Orjais. Fica para um dia uma visita mais demorada a esta terra. É nestas aldeias do interior que está o Portugal real.

Até quando esta paisagem incompleta?

Despedidas feitas e regressei ao ponto onde havia abandonado a GRZ. Depois de andar cerca de 1km passaria à saída de Orjais. Conclusão: havendo tempo não há necessidade de fazer desvio até Orjais pois a rota passa por lá.
Durante este dia passaria ainda nas proximidades de Belmonte, aldeia histórica, que avistei ao longe.

Belmonte



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