domingo, 28 de junho de 2015

Caminho Português Interior de Santiago - Dia 3

De manhã tive de atravessar os rios Paiva e Paivô. A seguir a Vila Franca o Paiva atravessa-se por uma série de poldras que nesta altura do ano se faz sem dificuldade.

Rio Paiva
Ao chegar à N2 fui tomar o pequeno almoço a um café onde fiquei algum tempo à conversa com a proprietária, que também já tinha ido a Santiago mas de carro. Infelizmente não tinha carimbo.
A meio da manhã passaria por Moura Morta, aldeia já minha conhecida de quando fiz um PR de Castro Daire que passa por aqui.

Moura Morta
O calor que se fazia sentir era intenso, mas para atenuar os seus efeitos ia refrescando-me nas muitas fontes de água límpida das aldeias por onde passava.


A sinalização continuava boa com as tradicionais setas amarelas e outras placas metálicas e de madeira de maiores dimensões. Poucas vezes tinha de recorrer aos serviços do GPS e quando o fazia era mais por descarga de consciência do que por necessidade absoluta de o fazer.
Os sinais de fé estavam bem presentes no Caminho.


O almoço foi feito em Magueijinha, depois de um desvio do Caminho de 0,5km. Carimbo aposto na credencial e subi de novo para o Caminho do Interior. Estava a aproximar-me da zona de Lamego.


Penude era o local onde tencionava pernoitar, pois no site do Caminho vem indicação da existência de um albergue na Junta de Freguesia. Quando cheguei ao local, liguei para o contacto que trazia e ninguém atendeu, talvez por ser fim-de-semana e o nº ser o da Junta. Tinha de me desenrarcar e decidi continuar até a um café próximo, onde a dona me informou que agora o alojamento de peregrinos já não era ali, mas na Casa de São José, em Lamego, 5km mais à frente. E foi o que fiz.
Em Lamego desci a escadaria do santuário de Nossa. Sª dos Remédios e quando cheguei ao fundo perdi a sinalização. Comecei a pedir indicações para chegar à Casa de São José e só à 4ª ou 5ª tentativa é que tive sorte quando perguntei a um senhor de idade no jardim da cidade.

Casa de São José
Encontrada a referida casa e procedido aos formalismos da minha acomodação e depois de tomar o duche da praxe, desci à parte baixa e mais turística da cidade para fazer as compras para o jantar. Comprei também um livro. Não estava a gostar de chegar aos albergues e depois não ter nada que fazer o resto do dia, além de descansar. Com a chegada ao albergue encontrei de novo a sinalização que vinha de uma outra rua. Tudo acabou em bem neste dia!




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